quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Gravidez Precoce


Taxa de gravidez aumenta entre adolescente.
Posso me colocar como testemunha ocular de uma história, que a cada dia vem se tornando mais evidente. Estou falando do aumento no número de casos de gravidez precoce. Como professor, vejo essa estatística aumentar a cada dia. Na maioria, meninas entre 15 a 17 anos, que se vêem obrigadas a deixar a escola antes da hora. É uma pena. O que podemos fazer?

Por que ser mãe?
- Muitas mulheres assumem ter filhos porque, afinal de contas, é isso que se espera delas desde o momento em que se casou.

- Outras resolvem ter filhos quando a relação com o marido está deteriorada numa tentativa de salvar o casamento, na esperança de que a criança terá o poder de salvar o casamento.

- Muitas têm filhos sem nenhum planejamento familiar, principalmente jovens entre 13 a 20 anos, que nem sabem porque são mães.


Em matéria publicada pelo Jornal “O Globo” em 29 de setembro de 2007, a maioria das adolescentes engravida porque quer. Não é por falta de informação. Se não tem dinheiro para comprar preservativo, tem, de graça nos postos de saúde, camisinha, pilulas ou injeção anticoncepcional.
O Brasil tem hoje 8% das adolescentes de 15 a 17 anos gravida, segundo os indicadore de saúde. Enquanto a taxa de fecundidade das mulheres continua a cair, chegando em 2006 à taxa de reposição (em média dois filhos por mulher), entre as adolescentes não pára de crescer.
Na verdade, estamos de frente a uma epidemia de gravidezes em adolescentes. Para ter-se uma idéia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorria nessa faixa etária. Em 2000, portanto apenas dez anos depois, esse índice aumentou para 18%, ou seja, praticamente dobrou o número de mulheres que engravidam entre os 12 e os 19 anos.E como explicar esse aumento de incidência de gravidez, numa época em que nossos adolescentes estão mais bem informados sobre o uso de camisinha na prevenção de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e métodos anticoncepcionais? Provavelmente o não uso de camisinha deve-se a fatores, como:
abuso de álcool e outras drogas psicoativas è sexo inseguro;
namoro firme: se for pedido o uso de camisinha o(a) parceiro(a) pode desconfiar de infidelidade;
paixão: imagem falsa de segurança negando os riscos inerentes ao não uso de preservativos;
apelo erótico dos meios de comunicação: propaga-se sexo como algo não planejado e comum e, na maioria das vezes, ninguém se infecta nem adoece;
pensamento machista de que AIDS ainda só é transmitida através de relações homossexuais ou drogas injetáveis.
Segundo publicação da Revista Despertar Igreja Universal) de 08 de outubro de 2004, alguns fatos estarrecedores sobre a gravidez precoce:
- Dea cada 10 jovens, 4 ficam grávidas antes dos 20 anos - mais de 900 mil casos de gravidez precoce por ano.
- Cerca de 40% das mães adolescentes têm menos de 18 anos.
- Apenas 4 em 10 mães com menos de 18 anos terminam o Ensino Médio.
- Quase 80% dos pais não casam com as mães adolescentes de seus filhos.

Dados do SUS (Sistema Único de Saúde), dos 698.439 partos realizados em adolescentes de até 19 anos, 31.857 dessas parturientes eram meninas entre 10 e 14 anos, fato absurdo.
"Folha de São Paulo, 25/08/1999".
Será que a situação mudou? Acho que pra pior. Muito pior.
Qual o papel dos pais? Qual o apel do governo? Qual o papel da escola?
Como controlar essa situação?

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